Élie Barnavi é historiador. Nasceu na Roménia, estudou em Israel, foi embaixador deste país em França e director do Centro de Estudos Internacionais da Universidade de Telavive. Hoje, é director científico do Museu da Europa em Bruxelas e escreveu um manifesto em oito teses. O panfleto, como lhe chama Andrés Rojo, chama-se “As religiões assassinas” e está editado em Espanha, pela Turner e em França pela Flammarion. A tese principal é a de que todas as religiões têm vocação de poder e que os fundamentalismos religiosos que se convertem em ideologias políticas têm tendência totalitária e são inimigos profundos das liberdades. Por isso, defende, a única forma de evitar perigos totalitários é dar ao Ocidente (para o autor o único corpus de pensamento que coloca a dúvida e a reflexão no centro da sua filosofia) a primazia da ideia sobre a civilização. Uma civilização baseada no laicismo e na herança do Iluminismo. A ler, sem dúvida.