sexta-feira, julho 08, 2011

O futuro da luta contra as portagens passa pela organização

Amanhã (9 julho, 16h), na Casa da Cultura de Loulé, os utentes da Via do Infante reúnem-se para fazer o balanço da luta contra as portagens e traçar novos caminhos de enfrentamento das decisões do governo PSD/CDS, que prevê a cobrança a partir de setembro próximo. Uma das questões que irá estar em cima da mesa é a formalização do movimento numa estrutura associativa, que dê corpo organizado e coeso a esta luta que não para. A propósito, escrevi um texto de desafio a todos os amigos e amigas que comigo teem estado neste combate, na Comissão de Utentes da Via do Infante e fora dela, que aqui vos deixo.

Amigos/amigas:

No próximo sábado reuniremos, em Loulé, para discutir o balanço da nossa ação em defesa de um Algarve livre de portagens, e para ver o que faremos no futuro para mantermos viva a ideia e a prática de rejeitarmos mais taxas que nos empobrecem e a toda a região, nestes tempos difíceis.

Uma das possibilidades, que já tínhamos previsto, é a criação de uma estrutura formal que melhore a nossa organização e eficácia neste combate, por exemplo uma associação de cidadania. Com esta estrutura poderemos ter uma palavra mais presente e uma intervenção mais respeitada junto das entidades do estado, bem como uma maior agregação dos cidadãos e cidadãs que, no Algarve, se preocupam com a mobilidade, quer seja na Via do Infante ou em qualquer outro sistema, ferroviário, ciclista, pedonal, etc.

Julgo, por isso, que a reunião de Loulé, no dia 9, deve ser alargada a toda a gente que queira associar-se à ideia de defesa de uma mobilidade mais justa e moderna, sem custos para os utilizadores e que promova a inovação de formas de transporte ambientalmente sustentável. Na reunião será importante que cheguemos a um consenso sobre o objeto da associação, que deve ser o mais alargado possível (respeitando o princípio de mais ser melhor que menos, pois não se sabe o futuro). Outra medida decisiva seria a nomeação, aceite por toda a gente, de uma comissão instaladora que representasse uma amplitude de personalidades e locais do Algarve e que abrisse caminho à formalização da associação. Independentemente de quem estiver presente na reunião, a nossa ação deve ir-se alargando a novas pessoas, a outros movimentos de opinião que, no Algarve, têm mostrado interesse nos assuntos da mobilidade e têm estado connosco nas lutas contra as portagens na Via do Infante, ainda a nossa luta principal.

Como esta coisa de associações obriga-nos a ir pensando no dia a dia, deixo um nome provável para a mesma:

Associação de Cidadania para a Mobilidade no Algarve

Acrónimo: ACiMA

Cumprimentos de amizade,

Helder Raimundo.