A Assembleia Municipal de Loulé aprovou voto de protesto contra as forças de segurança, por estas não protegerem o concelho e, em particular, a área turística de Vilamoura. Li no Correio da Manhã. Tudo devido à importância que Vilamoura, cite-se o voto de protesto, “assume no turismo e o seu impacto na economia local e regional”. Ora, é exactamente por este factor que a insegurança aumenta. A sociologia diz-nos isso: o desenvolvimento de megalópoles e de locais de monopólio turístico, tendem a atrair focos de insegurança, pela atracção da economia subterrânea, do roubo e da violência. Enquanto a autarquia se preocupa com “a incapacidade das forças de segurança” e afirma que o “problema tem solução permanentemente adiada”, melhor seria perceber que é a ausência de soluções municipais para a migração, o desemprego e a exclusão social, que originam esta anomia social. Durkheim, disse-o há muito. E só o ler e entendê-lo.
A propósito, parece que a Câmara pensa criar um sistema de vídeo-vigilância na freguesia de Quarteira. Espero que o não coloquem no café onde habitualmente leio os jornais, ou trabalho pela manhã. Seria indiscreto da parte da autarquia observar as minhas fontes. Ou as minhas companhias matinais.