quarta-feira, setembro 27, 2006

Livros na cabeceira

Acabei de olhar aqui para o lado direito do ecrã e lá vi os livros na cabeceira, ali parados há tanto tempo. Pensei que andava a ler mais depressa do que os substituía no template. Pois lá estão o Castelo do Kafka e o Coração... do Camilo. O certo é que ainda não os acabei. E pus-me a pensar o que tenho lido nos últimos meses, para além das muitas dezenas sobre o tema da tese (chiça, este pesadelo está quase). Ora aqui vão as leituras que deveriam ter passado pela cabeceira:

1. Sexo na cabeça, de Luís Fernando Veríssimo
2. As mentiras que os homens contam... do mesmo autor
3. Laços de Família, de Clarice Lispector
4. Crime na exposição, de Francisco José Viegas
5. O mestre de Esgrima, de Arturo Perez-Reverte
6. Sentimentos e sentimentais, de Javier Marías
7. Paixão em Florença, de Somerset Maugham
8. Onze contos de futebol, de Camilo José Cela

E o que estou a ler ao mesmo tempo?

1. O físico prodigioso, de Jorge de Sena
2. Histórias de mulheres, de Rosa Montero
3. O meu Michael, de Amoz Oz.

Esqueci-me de alguém? Ah, comecei O crime do Padre Amaro, mas decididamente não tenho pachorra para o burguês do Eça.

Turismo?

Hoje é o Dia Mundial do Turismo. Este ano a OM da dita resolveu escolher Portugal para anfitrião das comemorações. O governo decide fazê-las em Lisboa, o que chateia o presidente da Região de Turismo do Algarve. [Somos mouros, pois claro, deixem o turismo lá pra Lisboa]. Não contente o presidente da RTA manda carta ao secretário do turismo, que “esqueceu a principal região turística do país”. Olhem, descontente estou eu, que tenho que dar hoje ao estado uma bela nota de IRS. Nine, twenty e seven, esta é a merda de data que não esqueço.
Já agora: O presidente da AHETA, Elidérico Viegas, está-se maribando para isso. O que o preocupa é a necessária mudança de legislação do licenciamento dos empreendimentos turísticos. Ou seja, de acordo com as propostas do governo, abrir os empreendimentos mesmo antes das vistorias e da emissão de licenças. Estão a ver no que isto vai dar, não?

sexta-feira, setembro 22, 2006

Benfica

Para dizer a verdade eu nem dormi esta noite. Sabia que ele ia falar hoje, desvendar um mistério guardado a sete chaves ou pneus, como quiserem. Nem o meu benfiquismo me consolou. E tive que esperar toda o dia sofrendo as maleitas do Gordon, chuva e vento e eu sem luz nenhuma ao fundo do túnel. Mas ainda há momentos, porra, aquilo é que foi. Vieira lá estava engravatado a dar a sua conferência de imprensa (É verdade, já viram que agora a Grande Entrevista é um catálogo de oferta de conferências de imprensa gratuitas, desde o Bill Gates?). O homem finalmente revelou que iria ser candidato da família benfiquista. Fui-me embora de seguida. Não sei se falou de Veiga, ou não. Não me perguntem nada, nem façam comentários do género: «o homem é um nababo!». Eu não respondo por mim.

quarta-feira, setembro 20, 2006

terça-feira, setembro 19, 2006

Problema de saúde pública (intelectual)

Pois é, Pacheco Pereira. Mas também ninguém explicou como é que as torres caem daquela maneira, como se fossem implodidas, porque um avião não faz aquilo. E já agora se foi possível aos terroristas sequestrar aviões, depois de aprender a voar nos EUA, porque não seria possível colocar umas bombas no WTC? E até agora ninguém respondeu às "provocações" dos cães e dos polícias que foram retirados, dos negócios das vendas e dos seguros dos edifícios, do avião que desapareceu de frente do pentágono, etc., etc.. Também os EUA inventaram armas de destruição maciça no Iraque, o Colin Powell apresentou provas falseadas do mesmo, perante a ONU, afinal havia muitos voos da CIA sobre a Europa e muitas prisões de alta segurança com presos para Guantánamo.
Afinal quem é que é parvo e deve usar um badge, uma porra de um emblema na lapela do casaco?

Debate V

10. Pois é, a lei de autonomia é do governo PS e de 1998. O primeiro contrato de autonomia foi assinado pelo governo de David Justino (educação) com a Escola da Ponte (olá Ademar!).
11. A ministra afirma querer constituir um conselho coordenador dos conselhos executivos.
12. O ex-secretário quer abrir a porta à gestão privada das escolas. Sabia que ele não aguentaria.
13. Já viram que há professores que falam, falam e não dizem nada?
14....
...
[Meus amigos, vou mas é ler o Sena].

segunda-feira, setembro 18, 2006

Debate IV

8. A ministra marca pontos quando diz que prefere falar das questões pedagógicas do ensino com os seus agentes directos nas escolas e não com os sindicatos. O sindicalista prefere a prática de negociar com os sindicatos a política educativa. O ex-secretário de estado acha que não é obrigação nem prática; e agora não deixa ninguém falar.
9. Ficámos a saber que esta equipa ministerial foi a 1ª a reunir com todos os conselhos executivos das escolas do país. O que andaram os outros a fazer?

Debate sobre Educação III

6. A apresentadora já está a falar como mãe, pedindo aos alunos que tragam achas para a fogueira (dos professores?): «Mas eu quero é que tu digas o que é que achas...»
7. Enquanto falam alunos e pais, a ministra olha complacente; o tempo passa e a reunião vai servindo para ouvir. O debate onde está?

Debate sobre Educação II

Acompanhando o Prós e Contras:
4. Avelãs Nunes da Fenprof diz que os professores estão desmotivados, ofendidos e preocupados. Palmas na plateia. Fátima Campos Ferreira - a apresentadora - diz que é melhor evitar as palmas para não perder o ritmo do programa.
5. Fala um professor reformado. Não sabemos porque está ali. Terá sido um convite da produção para quebar o conflito?

Debate sobre Educação I

A acompanhar em simultâneo no Prós e Contras:
1. A ministra entra com pézinhos de lã, como é seu apanágio; aceita e compreende os protestos das populações que contestam o encerramento das escolas; reconhece continuidade de alguns projectos da anterior governo.
2. O ex-secretário de estado da educação olha de forma profissional para a câmara para dizer que os professores são o garante de tudo; à espera de palmas dos professores, mas ninguém se mexeu. Os professores sabem quem ele é.
3. O mesmo ex-secretário diz que não concorda com a escola a tempo inteiro, preferindo a aprendizagem a tempo inteiro: questões de semântica. Não concorda que os alunos estejam 10 h diárias na escola. Os professores abanam a cabeça discordando.

O conúbio Estado-Igreja

Lembram-se dos tempos do cardeal Cerejeira? O homem estava em todas as iniciativas do estado salazarista. Benzia carros, edifícios e tratava das almas que iam para o céu. O estado democrático continua a confundir laicidade e religião. Por questões de interesse político, mais votos dos católicos, a maioria da população portuguesa, dizem. Há dias viram Sócrates, o primeiro-ministro, numa escola de Faro a benzer-se como um crente fiel do rebanho da pastoral da ICAR (Igreja Católica Apostólica Romana - é assim que a devemos chamar para não nos confundirmos). Há menos dias, na inauguração de uma nova escola do 1º ciclo do ensino básico, em Loulé, lá estavam eles: o estado, representado pela Direcção Regional de Educação; a administração local com toda a Câmara; e o padre local claro, para benzer as casas de banho onde o meu filho foi mijar. O problema é que eu não quero água benta sobre a cabeça. O problema é que nem todos somos carneiros do rebanho da ICAR. Ateus, ortodoxos, agnósticos, baptistas, adventistas, etc, provavelmente todos aqueles que cagaram para estar no meio do conúbio. O governo que quis retirar os crucifixos das escolas (e bem), que retirou a Igreja do protocolo do estado (e bem) está agora a benzer todas as novas escolas. Com Sócrates a fazer o sinal da cruz. Uma vergonha, confundir o estado, que é laico, com a igreja.