O título do post é só para chamar a atenção. O que me interessa verificar é a constante tendência histórica para a 'patrimonialização' da história, corrente que deve ter começado com o renascimento. E é mesmo um renascentista, um humanista se quisermos, que assume uma crítica ao facto de os moradores mais pobres de Tavira terem construído as suas pobres casas anexas aos muros arruinados das muralhas da cidade, quer por dentro quer nos arrabaldes, "o que não se devia permitir, ao menos em cidades e outras terras marítimas e fronteiras aos inimigos..." (Frei João de S. José, Corografia do Reino do Algarve, 1577)
Há poucos anos, também as casas adossadas às muralhas do castelo de Loulé - recuperadas pela política do espírito do estado novo nos anos 40 do século XX - foram destruídas para dar lugar ao pano de muralha e a uma relva contemporânea.