O jogo de Portugal (em futebol, é bom que se diga) contra a Dinamarca teve uma primeira parte de assombro: técnica, velocidade, inteligência, sentido colectivo. O que de melhor Queiroz pode oferecer como treinador. Até nos fez esquecer a célebre burrice de Scolari, que eu e muitos outros fomos denunciando contra a corrente. Na segunda parte, apesar dos muitos golos (especialmente os do adversário), lá estávamos nós outra vez com as pechas do conservadorismo no futebol: perdidas, individualismo, rodriguinhos. Nada que preste. Eu bem dizia há tempos: os anos de trabalho (salvo seja) de Scolari deixarão mazelas muito entranhadas e não pensem que até à África do Sul o problema se resolve. Desenganem-se.