Sobre a tragédia que se abateu sobre o povo da Madeira nunca alinharia com as falsas virgens, que sempre dão as mãos para se armarem em solidárias perante o desastre. Se não houvesse quem, contra a corrente, de vez em quando viesse denunciar as calhandrices de quem nos governa, nunca teria havido revoluções e hoje viveríamos ainda no esclavagismo. A propósito daqueles que dizem que, por agora, devemos apenas limpar as lamas e reconstruir e nunca ,mas nunca, criticar os problemas de governação estrutural da ilha, o melhor que temos a fazer é denunciar essa hipocrisia e colocarmo-nos do lado daqueles que no day after vieram denunciar as culpas, como fez Helder Spínola, dirigente da Quercus. O que está em causa, pois, é o modelo desenvolvimentista absurdo e atentatório da natureza que permanece na gestão de Alberto João há décadas, e que tem inexoravelmente impermeabilizado a ilha. Só pode acontecer isto, e não ficaremos por aqui. Deixo-vos um vídeo do programa 'Biosfera' da RTP, que vejo habitualmente, e que há cerca de dois anos já tinha denunciado esta possível calamidade.