A história, do crime ambiental perpetrado na Ria de Alvor, só pode estar mal contada. O barlavento noticiou a visita da Câmara de Portimão ao local, no âmbito dos interesses há muito manifestados por empresários do betão por uma área apetecível que integra a Rede Natura 2000. Passadas duas semanas eis que a Imoholding, liderada pelo empresário Aprígio Santos (presidente do clube de futebol Naval 1º de Maio), acaba de destruir cerca de 10 hectares de sapal, na Ria de Alvor. Tudo denunciado pela Liga para a Protecção da Natureza. Tudo confirmado pelo Serviço de Protecção da Natureza da GNR de Portimão. Dez hectares são dez campos de futebol - usando a linguagem que o responsável da empresa bem conhece. Agora o que é estranho é tudo ter sido concretizado sob as barbas complacentes da Câmara Municipal de Portimão (CMP) e das autoridades regionais como a CCDRA e o ICN. Desta vez a acção de contra-ordenação foi rápida, mas a destruição do sapal lá está à vida de todos. E a conivência política e ambiental da CMP também!