sexta-feira, abril 04, 2014

O património de Tavira

O título do post é só para chamar a atenção. O que me interessa verificar é a constante tendência histórica para a 'patrimonialização' da história, corrente que deve ter começado com o renascimento. E é mesmo um renascentista, um humanista se quisermos, que assume uma crítica ao facto de os moradores mais pobres de Tavira terem construído as suas pobres casas anexas aos muros arruinados das muralhas da cidade, quer por dentro quer nos arrabaldes, "o que não se devia permitir, ao menos em cidades e outras terras marítimas e fronteiras aos inimigos..." (Frei João de S. José, Corografia do Reino do Algarve, 1577) 
Há poucos anos, também as casas adossadas às muralhas do castelo de Loulé - recuperadas pela política do espírito do estado novo nos anos 40 do século XX - foram destruídas para dar lugar ao pano de muralha e a uma relva contemporânea.

quarta-feira, abril 02, 2014

Novo disco de Viviane


A propósito de azul (aqui no post abaixo), ouvi hoje o tema de lançamento do próximo álbum da Viviane, "Do Chiado até ao cais". A melodia aberta de fado transporta-nos claramente para um sonoridade lisboeta, apesar de se sentir uma linguagem pop veiculada peda guitarra e pela batida discreta na percussão. A ouvir com atenção à espera dos restantes temas, só em maio.

Agosto Azul de Teixeira Gomes


Em busca de descrições do copejo do atum no Algarve, para anotar em rodapé de texto histórico na minha tese de doutoramento, lembrei-me do romance de Manuel Teixeira Gomes «Agosto Azul». A obra está praticamente esgotada - o que não se percebe - mas dei com uma referência no Google, empresa que tem um programa de digitalização de obras de domínio público e que as quer colocar em acesso aberto e gratuito,o que é mais do que justo. Curiosidade: a digitalização é de uma edição em português, da Livraria Clássica Editora de A.M. Teixeira, com data de 1904 e é propriedade da biblioteca da Universidade de Michigan, nos EUA. Palmas, então!