sábado, março 31, 2012

Olha o Millôr!

Clicar na imagem para recordar o Millôr

Ele foi um dos responsáveis pelo meu gosto de leitura e por ter ficado apaixonado pela banda desenhada.
Nas páginas do velho Diário Popular, que o meu pai comprava quase todos os dias, lá estavam elas, as piadas desenhadas do Millôr Fernandes, um homem cáustico, livre e não alinhado. Morreu há dias e eu lembro-o aqui.

sexta-feira, março 30, 2012

CUVI entrega processo de luta antiportagens ao ministro da economia

A Comissão de Utentes da Via do Infante entregou ontem ao ministro da economia uma pasta com todo o processo de luta contra a introdução de portagens na Via do Infante que, por ora, propõe a suspensão imediata das portagens. A estratégia de contacto direto e frontal com o ministro foi a adequada no contexto, que poderia ser desfavorável à luta do Algarve e que deve permitir uma audiência no ministério, solicitada em agosto de 2011 e apenas adiada pelo secretário de estado em mail de dezembro passado.
Na verdade, a luta dos utentes da A22/Via Infante de Sagres far-se-á de muitas formas e momentos. E é essa diversidade de processos e frentes de luta que pode alargar mais forças e protestos que levarão o governo a voltar atrás, suspendendo as portagens no Algarve. Se não o fizer, não vale a pena inaugurar mais lojas Alisuper, para ficarem vazias à espera de clientes que nunca chegarão, destinando os trabalhadores das lojas a um desemprego inexorável (link).

quarta-feira, março 28, 2012

Paris, Praia do Hawai na Praia da Rocha

O postal ilustrado serve o espetáculo Paris, praia do Hawai, anunciado em outdoors no Algarve sem turistas. Dou comigo, deitado na areia da praia, em conversa amena com o meu amigo Vitor Bagu, provavelmente a galar as miúdas inglesas (sim, só estas) junto da bola de Nivea. Os calções tinha-os achado algures, novos, a toalha era barata, comprada nos tendeiros de Portimão, chinelos não se veem. E essa era toda a nossa indumentária. Reconheço mais amigos e conhecidos espalhados pela areia, a moda das toalhas de feltro dos hotéis e das esteiras chinesas andava longe. As sombras apontadas para noroeste mostram que o sol não estaria muito alto, talvez fossem 11 horas, tempo ideal para caminhar de casa à Praia da Rocha, na descida principal. A maré estava cheia, não parece, por que a praia já tinha sido assoreada pelas velhas dragas ronceiras. Não aposto, mas talvez o ano fosse 1972 e o mês, agosto, o céu azul, como nos contos de Teixeira Gomes.
Paris, praia do Hawai é "uma noite de dança, teatro e música ao vivo no coração palpitante do Algarve", concebida por Vidal, Amorim e Victorino, em exibição nos concelhos do Algarve Central. E o lema é esta imagem magnífica da Praia da Rocha, onde eu já estava a marcar presença.  Paris espera-me, talvez no barrocal de S. Brás de Alportel, dia 31 (link).

O logro das estatísticas

Arrepia-me a diarreia estatística, sobretudo a dos arenguistas da bola. Mesmo há pouco, lá estava o papagaio de serviço ao jogo Benfica-Chelsea a dar mais uma: "O Chelsea sofre o maior número de golos, nos 15 minutos finais". Bem dito, mal feito! Logo de seguida o Salomão fez justiça às estatísticas.

quarta-feira, março 21, 2012

Poesia junto ao mar

Catita e Companhia é nome de bar, na baixa de Olhão. Antes foi nome da cadela e filhos/as respetivas, animais do Fernando Cabrita, amigo e excelente poeta da cidade. Esta noite, no tal bar, em Olhão, lá vão estar amigos e outros poetas no Dia Mundial da Poesia: Fernando Cabrita, Viviane, Luis Ene (há que tempos!), Raquel Ponte...

apoesiaéparasecomer

terça-feira, março 20, 2012

Auditaremos a dívida?


A ideia central de auditar a dívida por via da cidadania tem dois pressupostos principais: i) saber o que da dívida soberana do estado português é fatia pública, separada da fatia privada; desconfia toda a gente que a principal dívida é privada, onerada pelo sistema bancário. E ii) colocar nas mãos e na cabeça dos cidadãos e das cidadãs a discussão de um problema central na vida económica e social de todos nós. Sexta, dia 23, no Pátio de Letras em Faro é isto que se prepara.

segunda-feira, março 19, 2012

Um Dylan desassossegado

Há uns anos comprei um pacote de livros do Enrique Vila Matas, editados pela Assírio e Alvim (editora agora comprada pela Porto Editora). O pacote foi baratucho, já a anunciar a crise de receitas da AA, mas lá dentro tinha o melhor daquele autor, na altura ainda pouco lido em Portugal: «Bartleby e Companhia», «História Abreviada da Literatura Portátil», «Longe de Vera Cruz», entre outros. Regalo para as noites, desconstruídas pelo humor corrosivo e distorcido do catalão. Agora, depois de muitas obras de prestígio, vem aí o melhor dos desgraçados, um Ar de Dylan desastrado, sem linha e sem sentido. O "El País" publica e oferece o 1º capítulo (ler aqui), mas a Teodolito está já quase a libertar o prazer.

sábado, março 17, 2012

Edital

Parece que foi há muito tempo. Era o meu filho mais novo ainda uma criança, que me permitia estar até tão tarde junto do velho PC. A blogosfera, na altura, era o culto de meia dúzia de entusiasmados opinadores da web que rapidamente os media em papel cooptaram. Mais tarde os media televisivos fizeram o mesmo. Hoje temos as ditas redes sociais, um termo que esconde a estratégia de passividade e efemeridade das revoluções de papel.
Passaram 8 anos desde aquela noite de fevereiro (tantos que o seu nome já se grafa desta forma) e as diferenças são tantas provavelmente como os posts que escrevemos. Na altura ninguém esperaria que hoje, na era do "Face", ainda andássemos por aqui a pregar sermões como Santo António aos peixes. Fiz algumas - poucas - mudanças no desenho do blogue e aí vai mais uma a comemorar o início de um novo ano (o IX) neste espaço.
Até já!

sexta-feira, março 16, 2012

A imprensa inglesa dá conta das ações antiportagens no Algarve. Aqui, em particular uma referência especial à assinatura formal do Manifesto Luso-Espanhol pela suspensão das portagens realizada em Huelva no passado dia 9 de março:
While the Algarve has staged regular protests since the introduction of tolls on the A22 motorway last December, demonstrators are usually outnumbered by journalists covering these events. Not content with lack of inroads being made by their Portuguese counterparts, a number of interest groups, associations and even the Spanish government have come together in a bid to do away with what they term Portugal’s “counter-productive” tolls.