quarta-feira, maio 04, 2005

A "chain letter" recomeça

Em passagem, atrasada, pela “Presa do Padre Pedro”, lá vi o desafio do JCB, uma chain letter, em cadeia, a que não me posso furtar.

Não podendo sair do Fahrenheit 451, que livro quererias ser?
«O Lobo das Estepes» de Hermann Hesse.
Já alguma vez ficaste apanhadinho por uma personagem de ficção?
Em puto julguei ser o Zoltan, um pirata cigano dos Balcãs. Depois de crescido nunca vesti a pele de nenhuma, mas quis ser muitas.
Qual foi o último livro que compraste?
Acho que foi mesmo «mil e uma pequenas histórias» do meu amigo Luís Ene. Fui levantá-lo aos correios de Loulé. Mais tarde o Paulo Querido diz-me que afinal o dinheiro que eu paguei, por lapso, me foi endereçado. Por enquanto está pago.
Qual o último livro que leste?
O último deve ter sido o volume II das «Célticas, de Corto Maltese», de Hugo Pratt. Ou melhor, os últimos, porque reli por estes dias, sete ou oito volumes de banda desenhada deste autor.
Que livros estás a ler?
Leio sempre vários ao mesmo tempo. À cabeceira estão «O Castelo» de Kafka, que estou a ler desde o verão passado; o «mil e uma...» já citado; «A Instrumentalina e Outros Contos» da Lídia Jorge; «100 poemas de Sophia», numa selecção de José Carlos de Vasconcelos; e «Corto Maltese na Sibéria» para continuar os livros do Pratt.
Que livros (5) levarias para uma ilha deserta?
Para uma ilha deserta só livros habitados de gente: «A Odisseia» de Homero, que li ainda em puto; «A Fábula de Veneza» de Pratt, para ver a vida a preto e branco; «Demian» de Hermann Hess que me ensinou o valor da individualidade; «O Processo» de Kafka, que me marcou a vida toda; e «O Principezinho» de Saint Exupéry. Deixem-me levar um sexto, de um poeta português, o livro de poemas «O Peso da Sombra» de Eugénio de Andrade.
A quem vais passar este testemunho (três pessoas) e porquê?
A bloguistas jovens: ao Luís Guerreiro, para dar volta aos seus muitos papéis; ao Almeida, para pôr uma pitada literária no seu blogue político; e a um bloguista do meu tempo: ao JJS, aka Gregório Salvaterra, para contar gaivotas.