terça-feira, maio 31, 2005

Six Feet Under

Seis Palmos de Terra”. Chego tarde no zapping. O rapto está em banho-maria e é consumado, entre fellatio, crack e gasolina... Segunda próxima, chegarei mais cedo.

A displicência antropológica

«Se se faz o debate é porque se faz o debate, se não se faz o debate é porque não se faz o debate. Se se faz o debate, nunca é esclarecedor, falta sempre alguma coisa, nunca chegam os argumentos, tudo é mau e triste, todos são brutos e feios e porcos. Ninguém é um gentleman inglês, como nós somos, de manhã, ao espelho». Pacheco Pereira em lição de desabafo filosófico no Abrupto.

Esclarecimento

Mas, esclareçam-me lá: alguma vez a Europa deixou de estar em crise?

O improvável

Sócrates conseguiu o improvável: pôr Carvalho da Silva e António Borges de acordo.

segunda-feira, maio 30, 2005

O mimetismo dos autarcas

O António chega à Holanda, olha o privilégio das ciclovias sobre as rodovias, o respeito pelos cidadãos que circulam a pé e de bicicleta em detrimento dos automobilizados, e resolve propor algo idêntico para Portugal, melhor, para Loulé. É normalmente assim que os nossos autarcas funcionam: vêem as fontes e as rotundas e importam as ideias para as suas freguesias. Normalmente essas ideias são abstrusas e ficam fora de qualquer contexto cultural local. Porque os nossos engenheiros e arquitectos, com medo do provincianismo, tornam-se saloios, não têm qualquer perspectiva de futuro e são tudo menos defensores de uma ecologia sã e participada. Vejam a Avenida Andrade Sousa: sem quaisquer corredores para ciclistas. Sobre isto já escrevi, de forma detalhada, aquando do Dia Europeu sem Carros.

Les mots pour les nons

«Uma heteróclita coligação negativa de nacionalistas de direita e de esquerda, incluindo a direita xenófoba e a extrema esquerda, mais os adversários do alegado compromisso neoliberal da constituição, incluindo uma parte importante do eleitorado socialista, levou a melhor, sem margem para dúvida(...)
Entre nós, Pacheco Pereira, ex-deputado europeu empenhado, faz o que pode no seio dos segmentos pop-caviar que finge detestar, maioritariamente pró-não, pelo sucesso do Velho Continente.».
Vital Moreira e Luís Nazaré no Causa Nossa.
Como é que vamos chamar a esta gente que está tão melindrada com o “Non” francês ao tratado constitucional europeu?

Non, rien de rien

Enquanto eu mandava farpas ao racionalismo cartesiano e achava que o sentimento de si é que manda, a França armava-se de bandeira tricolor a cantar: allons enfants de la patrie...

domingo, maio 29, 2005

A fé na mulher da página 4

Enquanto a malta anda a discutir a leveza da Xis e a fé do seu último dossiê sobre ateísmos, eu digo-vos o que é verdadeiramente ateu: comprar o «Público» ao sábado, rasgar a 2ª folha da revista X e deitar o resto fora. Depois, na página 4, num fundo verde da folha que nos sobrou, ler, com fé, a maravilhosa Faíza Hayat.

O poema da minha vida

O prometido é devido:

Inventarei o dia onde contigo
e o outono corra pelas ruas.
A luz que pisamos é tão perfeita
que não pode morrer, como não morre
o brilho do olhar que te viu despir.

Eugénio de Andrade, O Peso da Sombra, 1982

sábado, maio 28, 2005

Superavit

Porque será que agora temos um superavit de economistas na televisão?

Oferta

Já que estou numa de oferta de linques, ainda deixo esta pérola do João Pedro da Costa. Simplesmente genial.

O deficit socrático

«Imagine que acaricia o pelo dum gato. Sedoso, limpo, perfeito. Agora imagina que a sua mão se desloca a contrapelo. Pelos soltos começam a cair; uma ferida até então desconhecida é descoberta; pode mesmo acontecer que salte uma pulga inesperada.». Magnífico, não é? Vale de Almeida sobre o deficit socrático.

Poemas da minha vida

O «Público» lançou, há semanas, uma colecção de livros sobre “Os poemas da minha vida”. Fiquei-me pelo livro do Mário Soares. Porque o livro foi oferecido. Nunca daria dinheiro pelos livros dos poemas daqueles outros. Sinceramente. Os livros são feios e abri-los não tem nada de poético.

O meu primeiro micro-conto

A responder ao desafio do António Baeta Oliveira, um micro-cont(it)o:
A floresta não tinha outras clareiras, senão os nossos pensamentos.

sexta-feira, maio 27, 2005

Jaquinzinhos

O “Jaquinzinhos”, do João Caetano Dias, faz dois anos. Apesar de liberal e sportinguista, é do Algarve e escreve muito bem. E oferece-nos uma plêiade dos melhores mimos que recebeu durante estes dois anos, nos comentários. Uma trabalheira e um prazer que é indispensável ir ler aqui.

O cavalheiro de Beri-Beri

Discordamos muito. Estaremos nos antípodas do pensamento, sobre quase tudo. Mas cada vez que sai uma coluna dele eu faço o acto de contrição e vou lá ler. E rio-me sempre. Ora leia uma parte:
«– Papa, é o seguinte: eu queria saber porquê você é contra a camisinha, sendo que a camisinha ajuda no combate à Aids. – Todos os adolescentes na platéia gritam aeeeeeeee, e batem palmas; ela fica empolgada e diz: – E também porque você não quer que os gays casem e abortem e essas coisas todas. Se eu usasse camisinha não tinha abortado na semana passada, fala sério.»
Pode ler o resto aqui.

Modéstias [actualizado, a azul]

A propósito desta notícia queria esclarecer o seguinte: pouca gente sabe, mas a D. Lurdes da Palma Madeira, directora do mensário «Ecos da Serra» de Alte, começou por recusar uma medalha de mérito que a Câmara de Loulé deliberou atribuir-lhe, no dia da cidade, no ano de 200o. A razão da recusa - esclarecida em carta "ao seu primo" José Vieira - prendia-se com o facto de a senhora achar que era o Grupo de Amigos de Alte, editor do «Ecos da Serra» e não apenas ela, que deveria receber a medalha. No final, a D. Lurdes Madeira acabou por aceitar o agraciamento. Modéstias que pouca gente pratica. Só por isso o meu louvor [actualização esclarecida pelo amigo Luís Guerreiro].

quinta-feira, maio 26, 2005

"Caroço"

Desculpem lá, já é o 4º post de hoje, mas eu não posso deixar de linkar para aquele que pode vir a ser um dos melhores posts de sempre da blogosfera.

Post atrasado 12 horas

Alberto Martins, líder da bancada parlamentar do PS, a explicar aos incréus: “o défice, pois, a ética coisa e tal, mas a ética também diz que os contratos, em casos excepcionais, podem ser rompidos, blábláblá...”.

Antropologia (de Alte)

A propósito dos meus dois posts, aí abaixo, sobre Alte, vale a pena ler o que escreve o amigo José Carlos Barros, numa análise da antropologia british:
«O mundo rural anda a viver dos equívocos da gastronomia e do folclore. O folclore que hoje se dança, subsidiado, em palcos de circunstância a receber um secretário de Estado – já não tem ligação nenhuma com a vida rural em cujas bases a dança, e os cantos, assentavam...».
E já agora, delicie-se com os albricoques de Cacela, no outro blogue do JCB.

Alte: aldeia mais portuguesa?

«O que defendo é que Alte nunca precisou desse prémio, inventado (como todas as tradições) pelo Estado Novo, para se afirmar como aldeia cultural no presente. E ser aldeia cultural, hoje, é diferente do velho e conservador conceito de "típico", também inventado pela propaganda de Salazar para impedir o desenvolvimento e a participação popular...». Ler comentário completo a propósito de outro meu texto aqui.

Alte: tradição e modernidade

«Não há um "estilo aldeia mais portuguesa", é evidente. Sobre o tema publicarei em breve uma investigação, para mostrar como esta história está mal contada. Daí que se deva perceber que a tradição e a modernidade são a simbiose de qualquer aldeia e da de Alte, também. Por isso se deve perceber que os elementos escultóricos, mais clássicos como a estátua do Vieira ou mais modernistas como a escultura do Picanço cabem, ambos, na aldeia». Ler o texto integral clicando na palavra sublinhada.

quarta-feira, maio 25, 2005

Bicho Carpinteiro

«Portugal parece um navio encalhado. Uma parte está submersa e ferrugenta, a outra empina-se e mantém a fleuma, mesmo que a água lhe regele os tornozelos ou o sal lhe coza a vontade. Nem há tesouro de galeão, nem os ratos abandonam o navio. Ciclicamente os mesmos temas. Na Páscoa os acidentes de viação, no Verão os incêndios, no Natal os brinquedos perigosos e a caridade aos sem-abrigo. Pelo meio, o ensino e as fracas universidades, os médicos e os hospitais, a pobreza, o desemprego, os toxicodependentes, as Áfricas abandonadas, os menores em risco, a cauda da Europa, o défice, o betão, a corrupção». Joana Amaral Dias e Medeiros Ferreira estão lado a lado, todas as terças, no «Diário de Notícias». Agora é vê-los também juntos na blogosfera armados em Bicho Carpinteiro.

terça-feira, maio 24, 2005

O Seinfeld português

Alguém tem dúvidas de que Pinto da Costa é o melhor actor de stand up comedy a falar em português? Ouviram-no, ontem, no Palácio da Bolsa no Porto? Então? Qual Seinfeld qual carapuça?

barlavento

Então não é que o jornal «barlavento» publicou, na passada quinta, um conjunto de posts meus para documentar as técnicas de escrita para colunistas. Não, desculpem, não posso fornecer o link!

A acompanhar

Publicidade

O primeiro, mil e uma, o segundo não paguei para ver, o terceiro arruino-me no círculo.

segunda-feira, maio 23, 2005

Aqui d'el rei

Os adeptos do Benfica são agredidos, por apaniguados do fundamentalismo portista, apenas por um motivo: a polícia, agora, só aparece quando há mortes.

"Contrasenso" convida

«A nova era política iniciada com o 25 de Abril de 1974 irá centrar-se na descoberta do país e na conquista do povo, em oposição à retórica marcadamente folclorista, de pendor nacionalista e excessivamente patriótica, que caracterizou os tempos precedentes. O mito «Portugal Uno e Indivisível do Minho a Timor», elemento congregador da Comunidade portuguesa, dá lugar a um slogan muito ouvido neste período «Falta cumprir Portugal», um verso de Fernando Pessoa retirado do poema «A Mensagem». Privado da sua dimensão imperial, Portugal vira-se para a sua população. As campanhas de Dinamização Cultural e Esclarecimento Político, iniciadas em Outubro de 1974 sob a égide da 5ª Divisão do Estado Maior General das Forças Armadas, com o apoio do poder político e de artistas e técnicos de diversos organismos públicos, inserem-se nesta estratégia que nos seus traços gerais estava prevista no programa do MFA. (...)»
Esta crónica, de Luís Guerreiro, é a primeira das colaborações na minha coluna “Contrasenso” em «A Voz de Loulé» e pode ser lida no jornal do passado dia 15, na página 14, acompanhada de duas ilustrações de João Abel Manta.

sábado, maio 21, 2005

Non, petit nom

Já há muito tempo que o “não” ao tratado da constituição europeia está posto na ordem do dia pela esquerda. A tentativa de consagrar uma união de estados, onde o domínio da centralidade do eixo franco-alemão se acentua, onde é ainda mais marcante o peso da matriz política de centro e a retirada dos direitos sociais dos trabalhadores, são motivos mais que suficientes para contrariar a aprovação do dito tratado. Mas as oposições ao mesmo são de muitos tipos, umas convergentes e outras divergentes. Prova de que a Europa – como aliás mostra a história, pelos vários exemplos gorados de federalismo – não tem solução enquanto estado supranacional. Agora foi a vez da blogosfera apostar no movimento pelo não. Um caminho abrupto da direita identitária, a querer marcar a história.

sexta-feira, maio 20, 2005

Dia dos museus

O problema da atracção dos museus é um problema de política cultural. Mas, estruturalmente, é, sobretudo um problema de política.

quinta-feira, maio 19, 2005

?

Se for verdade o que se transcreve a seguir, e inserto no blogue “Rábanos”, o problema das obras da Fonte Grande em Alte, deixa de ser apenas uma questão arquitectónica:
«Estava sentado num conhecido café da minha cidade onde, na mesa ao lado, conversavam descontraidamente dois elementos da actual camara municipal.
" - epá tu já sabes que a obra de Alte, aquela que o pintor das barbas anda sempre a chatear, não tem o estudo de impacto ambiental?
- Sério? Mas isso é uma merda caraças!
- Pois é. Mas que se lixe . É melhor avancar já sem ninguém saber disto do que aquele merda ficar embargada e depois nunca mais se sai dali."».

quarta-feira, maio 18, 2005

Dia mundial contra a homofobia

Hoje é o Dia Mundial contra a Homofobia. Um dia que em Portugal é marcado pela contestação à violência que se abateu sobre homossexuais na cidade de Viseu. Venho aqui para falar da petição online, que já assinei, e que está a correr para consagrar este dia no calendário da ONU, em defesa dos direitos sociais de gays e lésbicas. Para repetir as palavras do antropólogo Miguel Vale de Almeida, no «Público» de sábado, 14 de Maio: «O movimento LGBT e os partidos políticos (sobretudo da esquerda) deveriam olhar com atenção não só para o que está a suceder em Espanha, como para a História: as lutas mais dignas e entusiasmantes sempre foram as lutas pela igualdade plena de direitos». E para explicar que este post é pintado de cor de rosa, a cor do movimento LGBT.

terça-feira, maio 17, 2005

A profanação da arte e da poesia

Penso que todos perceberão o simbolismo das palavras do Daniel Vieira, na história, verdadeira, que conta sobre a opinião do poeta Cândido Guerreiro a propósito de umas obras que o seu pai (José Vieira) estaria a fazer na Fonte Grande (ler aqui). O que ele quer dizer é que, simplesmente, dever-se-ia ouvir as opiniões de pessoas entendidas na matéria que habitam em Alte e que têm defendido a sua terra, não impedindo o desenvolvimento dela mas fazendo-o de forma a respeitar a natureza e sobretudo o lugar sagrado, o santuário, que é a Fonte Grande. E não me digam que as pessoas não querem saber, ou não querem participar. A história de Alte mostra o contrário: se abrirmos todos os problemas à discussão as pessoas aparecem e dão ideias. O problema, meus amigos, é que a participação é uma marca decisiva que divide uns de outros. Há quem o queira e há quem o evite a todo o custo. O poder mantém-se e perdura assim: escondendo-se da arraia-miúda e decidindo em gabinetes.
No sábado, visitei a Fonte Grande com o Daniel e vi a escultura do poeta Camões que o Vieira construiu, profanada com um capacete das obras, como se simbolizasse a morte da poesia e da arte pelo betão e ambos (eu e o Daniel ) pensamos que se o José Vieira fosse vivo hoje só teria duas opções: ou impedia esta obra ou morreria de desgosto. E qualquer pessoa que o tenha conhecido sabe que eu não estou a exagerar.

Cidadania só para alguns

Parece que o Clube Política e Cidadania realizou um debate no Hotel de Alte, com 34 participantes, para discutir o desenvolvimento do interior e em particular da freguesia de Alte. Os jornais deram ao evento grande destaque citando todos eles excertos das declarações de Rui de Sousa (ex-presidente de Junta de Alte) e Vitor Aleixo (ex-presidente da Câmara de Loulé). O povo de Alte, potencial interessado no debate, não soube de nada. Podemos concluir que foi um fórum de ex-presidentes ou que o Clube é de “política e cidadania” só para alguns.

segunda-feira, maio 16, 2005

O louva-a-deus

Hoje, de manhã, os meus filhos viam um programa na Sic, com notícias ditas irreais. Sem os óculos não vi lá muito bem, mas parecia-me aquele puto, um tal de Francisco, que levou uns anos a faltar à escola para filmar uma série cujo nome me parece ter sido “Médico de Família”. Ora, o jovem anunciava a história de um gafanhoto que ganhou um concurso de piano. As imagens mostraram, então, um pequeníssimo piano onde tocava, batendo ritmadamente as patas, um louva-a-deus, segurado por uma mão qualquer. Este é o resultado de quem não vai à escola, não pisa "bunicos" de burro, nem apanha agudias no campo.

Jerusalém

A propósito de um post de Luis Ene, recordo que a única coisa que li de Gonçalo M. Tavares foi o poema "Carpo, Metacarpo e Dedos" que está inserido nos «Textos para Carlos Paredes-Movimentos Perpétuos». Lembro-me de ter sentido um arrepio e pensado quem seria aquele gajo que escrevia quase sobre o gume duma faca, fazendo das palavras farpas soltas lançadas no texto como se fossem barcos à toa. Mas tudo aquilo fazia sentido, Carlos Paredes estava lá no âmago dos versos. Depois, nunca me motivou ler o poeta dado que em todo o lado ele estava e isso aborrece-me. Por acaso, há momentos, na Bertrand, peguei no «Jerusalém» mas não o quis trazer para casa.

sábado, maio 14, 2005

Memória

Coloquei no arquivo do Lobo das Estepes, a minha coluna sobre "Os ópios do povo".

A saloice "estruturante"

«Quando se decide remodelar uma praça, uma rua, um jardim, autarcas e arquitectos são unânimes: há que derrubar. Os autarcas, por um crónico ódio ao verde e natural desejo de refundação (em nome da história). Os arquitectos, porque resulta mais fácil trabalhar na folha em branco.» RAA no blogue da «periférica». Bem que se podia aplicar a Loulé, não é? Ou a Alte, salvo seja!

O disfarce

José Carlos Fernandes, desenhador de BD e ilustrador do «Diário de Notícias» na secção de opinião “Geração de 70”, surge hoje completamente disfarçado de óculos e camisinha, com ar de escritor. Ora veja aqui.

Um conto de assombro

Eu ainda não tive tempo de ler, mas se o António diz que é de assombro, então não perca.

sexta-feira, maio 13, 2005

Um não a 13 de Maio

O não é mais usado do que o sim. Porque o sim é tão evidente e previsível que o melhor é pronunciá-lo pelo não. O não é tão assertivo e insuspeito que o usamos sem querer, em vez do sim. Por exemplo: “ O 13 de Maio lembra-te alguma coisa, não?”. “Não, só me lembra do Maio, 13. Que é hoje, não é?!”

José Carlos Fernandes no cinema

Informa-nos o Zé Carlos Fernandes, via mail:
«Para os eventuais interessados informo que "La Señorita Zuenig" uma curta-metragem (12 min) de Sofia Teixeira-Gomes, inspirada em "O inextricável labirinto do destino", uma das histórias de "O quiosque da utopia", 1º vol. de "A Pior Banda do Mundo", será apresentada ao público na Cinemateca Portuguesa (Sala Dr. Félix Ribeiro, Rua Barata Salgueiro), dia 25 de Maio (4ª feira), às 21:30. A realizadora estará presente.»

O rally dos pobres

A prova de que Dakar é mais importante do que o Parragil está aqui.

Ler Casimiro de Brito, em Silves

Ainda a propósito de Casimiro de Brito, poeta louletano, o António - por quem soube do prémio de poesia de CB - põe à disposição um grande número dos escritos do poeta. Leia-os para perceber que, quando falamos de um dos maiores poetas portugueses, não estamos a exagerar.

A Presa do Padre Pedro (que nome!)

Conheci o JCB no seu blogue do sul. Agora a norte, José Carlos Barros deixa-nos dos melhores poemas sobre a alma de Boticas. Hoje completa um ano. Um ano a escrever poemas e prosa poética é obra. Parabéns Zé Carlos.

quinta-feira, maio 12, 2005

A historiografia de salão

A propósito de erros históricos, que se constroem como verdades, Luís Guerreiro escreve um interessante post, um pouco hermético mas melhor desvendado nos comentários. Ainda a propósito do mesmo tema, tenho discutido este assunto e defendido a ideia de que os historiadores mantêm um tabu na historiografia sobre o estado novo, quase se ajoelhando perante as ditas grandes figuras e “homens bons”, designação medievalesca para disfarçar os representantes políticos de um certo poderio económico. Então, se pensarmos nas abordagens da história local ao território do Algarve (de que o concelho de Loulé pode ser paradigmático) encontramos quase sempre a lauda das figuras de estado, a biografia dos poderosos, o encómio da dita intelectualidade.
É claro que este assunto merece um desenvolvimento maior e por isso conto sobre ele escrever numa próxima coluna n’«A Voz de Loulé».

Casimiro de Brito, poeta louletano

Casimiro de Brito, poeta louletano, venceu mais um prémio de poesia, desta vez em Itália. Só a sua terra parece ignorá-lo. Portanto, uma terra de ignorantes.

Bloco de publicidade (gratuita)

«Esquecer-se-á, então, que o Bloco odeia a NATO; que não desiste de pulverizar a família com a banalização do aborto e a legalização do casamento gay; que pretende implodir a coesão nacional atribuindo a nacionalidade na base do jus solis a massas de estrangeiros falando guturalmente português; que aposta na falência da comunicação social privada, impondo uma lei anticoncentração que colocaria os media nas mãos dos espanhóis; e que procura tornar uma das legislações laborais mais rígidas da Europa na "extrema-unção" do capitalismo nacional e do investimento estrangeiro, com a revogação do Código do Trabalho». Chama-se Carlos Blanco de Morais o autor desta prosa no DN.

Acólitos desavergonhados

Antes, falar da selvática mania do betão no Algarve era fundamentalismo anti-progresso. Agora, desde que Cavaco espirre ideias de outros, e fale do poço da paróquia, tem logo atrás dele uns quantos acólitos desavergonhados. Não há pachorra!

quarta-feira, maio 11, 2005

O nariz

O Manuel Jorge Marmelo fez dois anos de blogosfera. Parabéns! E no acto, não querendo mudar de cara, mudou de nariz.

O Artº 175 do Código Penal

O Tribunal Constitucional (TC) considerou que era insconstitucional o Artº 175 do Código Penal, o qual considera crime o acto homossexual com adolescente e portanto desigual ao acto sexual com adolescente, só penalizado quando se provasse a imaturidade da vítima. Resultado: o TC cria jurisprudência que retirará, da lei, um artigo discriminatório da orientação sexual dos cidadãos, mas a homofobia continua no palavreado dos jornalistas que dão a notícia. Porque ao considerar a maturação das adolescentes mais precoce que a dos seus opostos de género, só se vê a relação homossexual entre o género masculino e não também entre pessoas do género feminino.

Não, não vou falar dos ex-ministros arguidos

Em Benavente milhares de sobreiros têm sido decepados (uso esta expressão para ver se alguém se condói, mas nada), nos últimos anos por causa de interesses imobiliários. Tudo com a cobertura do Estado (governos, ministério público, etc). Depois ainda dizem que as associações ambientalistas são fundamentalistas. Em Loulé, depois da destruição de 16 árvores na rua Sacadura Cabral, vamos perder agora mais uma boa centena de amendoeiras, oliveiras, alfarrobeiras e figueiras, espécies do nosso barrocal de sequeiro, para dar lugar a 35 lotes de habitação, entre as traseiras do Modelo e a Urbanização da Boa Entrada. Espero que alguém tenha a coragem de evitar alguns derrubes desnecessários ou pense em replantar as árvores desenraizadas.

A espera

Corro a comprar o DN porque é terça feira, dia de ilustração do Zé Carlos Fernandes a acompanhar a crónica de Pedro Lomba. Mas ela não está lá. Nem crónica, nem desenho. Fico a pensar se o Zé Carlos deixou de desenhar por causa da medalha de mérito do município de Loulé. Sei que não, mas tenho que esperar quantos dias?

terça-feira, maio 10, 2005

Spamesia (copiando Candeias)

De vez em quando aparecem uns comentadores de spam nos blogues que dominam algumas ferramentas informáticas. O que fazem então? Deixam o seu comentário com as suas referências. Mas ao invés do seu endereço de Email (ética obrigatória na comunidade blogosférica) ou da sua URL, copiam um qualquer link de publicidade e pespegam-no, marcando com lixo o que poderia e deveria ser a sua cara.

A ler:

Eh malta, o mestre de aviz, que estava calado desde o 24 de Abril, voltou à carga!

segunda-feira, maio 09, 2005

Para desenjoar da guerra

«O Estado não tem carinho, e não nos dá beijos de noite, escondido do pai, como fazia a mãe do Proust». Mi lembro quando em mulequi lia o Millôr no velho «Diário Pópular» e queria escrever como eli. Concorda comigo leitor?

Social-democrata sofre

Não, não vou falar das entrevistas do «Expresso» às célebres tendências genéticas do Bloco de Esquerda. Até porque já não me apetece o mainstream do dito cujo (do jornal, entenda-se). Agora, boa, boa, é mesmo a notícia do «barlavento» sobre a candidatura de J. Mendoza (não é publicidade, juro) à Câmara de S. Brás de Alportel. Sabem porquê? É que o artigo dá a entender que aquele concelho é um autêntico reino de opressão. Sim, porque “ser social-democrata no concelho é muito difícil”. E eu a pensar que era por causa de eventuais pontapés à Eusébio, mas não. A dificuldade está no facto de que “muitos dos nossos (dos deles, claro) acham mais interessante ficar em casa a ver telenovelas ou futebol, do que lutar pelo futuro da nossa terra”. Social-democrata sofre!

domingo, maio 08, 2005

8 de Maio de 1945

Na verdade, para mim, o dia 8 de Maio de 1945 foi o verdadeiro final da segunda grande guerra. Mais do que a libertação de Paris – o nosso farol político e filosófico – foi a libertação de Berlim, território de auto-opressão nazi, que constituiu a verdadeira liberdade.

Ó Mar Salgado,

parabéns pelo 2º aniversário. Em especial a FNV de quem sou assíduo leitor.

Rir da morte

Ainda bem que existe um pensamento suburbano que escreve sobre a morte com ar de quem faz dela a ficção da vida. Melhor estão os povos que perante a morte riem e se embebedam percebendo que é sobre os vivos que recaem as maiores desgraças. Por exemplo, a de ler desaforos tão "cultos", quanto etnocentristas.

Bloguismo

O aniversário do Abrupto despertou um debate interessante sobre o papel dos blogues no sistema comunicacional na rede e sobretudo o seu papel na actual sociedade de informação. Um debate que, como já vimos dizendo, não é acompanhado pelos media tradicionais. Aconselho a leitura de dois textos, para além dos já referidos nos comentários deste e doutros blogues. Um desabafo pessoal mas pioneiro do Luís Ene. E uma machambada certeira do José Pimentel Teixeira.

sábado, maio 07, 2005

Sabedoria (popular)

Ele é o único que tem coentros serôdios, onde a folha abunda viçosa e reticulada. Todos os outros (e outras) vendedores do mercado têm-nos espigados e cheirosos da flor, mas ineficazes no sabor, quando juntos da conquilha fresca da Ria. Quando lhe pergunto porquê, responde-me: “Eles não sabem semear. Plantam-nos como pelo em lombo de cão! O coentro precisa de espaço para respirar, para crescer. Isto, é como as pessoas...”.

Marginal da cultura

Nós, autênticos marginais da cultura, agradecemos o fiasco da missão “Faro, capital nacional da cultura”, que nos quer retirar esse tão radical estatuto. A propósito, leia a entrevista de Graça Ventura - presidente do Instituto de Cultura Ibero-Atlântica - ao «barlavento» de 5 de Maio.

Pacheco, o primeiro

Se há escritor maldito que eu goste é Luiz Pacheco. E ei-lo aqui entrevistado por um crítico bulldozer.

A crónica

de Bruno Inácio, estudante de marketing, não apareceu na última «A Voz de Loulé»! Alguém sabe qual a razão? (confesso não ter nada a ver com o caso).

Micro-contos

O Luís Ene está a organizar, na plataforma Leiturascom.net, um concurso de micro-contos. Já vai em 36. Leia-os, divulgue e participe.

sexta-feira, maio 06, 2005

Ligue as colunas

Antes de clicar aqui, ligue as colunas e ponha o som no médio volume.

Ver a floresta e não só a árvore

Como Fernando Vicente não tem a função dos comentários disponível, deixo aqui o comentário que lá gostaria de ter deixado a propósito de um post seu sobre as eleições para o parlamento inglês e o já célebre cartaz do BE “Eles mentem, eles perdem”:
«Caro FV: um político deve respeitar sempre o velho axioma - "ver a floresta e não a árvore". É claro que as fotos são simbólicas: da política, dos princípios. Por isso a sua leitura está invertida. A ver: O PSD de Barroso e Santana perdeu as eleições; o PP de Aznar e Rajoy perdeu as eleições; o PT de Blair não perdeu mas para lá caminha - dos 161 deputados passou para 66. E então?»

O poder dos blogues

Pacheco Pereira comemora hoje dois anos do seu blogue, com um magnífico repositório das suas secções e da participação dos leitores. Deixo-lhe os parabéns, até porque foi dos primeiros blogues que li e linquei. Em homenagem à blogosfera o «Público» traz, hoje, um excelente trabalho de Patrícia Vieira Ferreira e João Pedro Henriques, com uma excelente ilustração de Cristina Sampaio.

Um discurso sem rumo

Ontem, no dia do município de Loulé, o presidente da Câmara fez um discurso tenso, de propaganda e legitimação da governação autárquica. Dele, apesar das muitas medidas referidas, ficou a falta de rumo para os destinos do concelho de Loulé. Mesmo a propaganda de pouco serviu. Na assistência, pelo meu olhar de commum sense, parece-me que a maioria estava na oposição. Palmas, só para o Zé Carlos que lá recebeu a medalha, vestido de tshirt.

Maquiavelice

Ontem, ficámos a saber que Valentim Loureiro irá candidatar-se à Câmara de Gondomar como independente, porque o seu partido não o apoia. Segue, assim, os gostos de Isaltino Morais. Duas razões óbvias: os fósseis de dinossauros das autarquias, teimam em persistir na “maquiavelice”; os enjeitados da justiça continuam a crer que o povoléu gosta do mimetismo das diatribes e dos pequenos favores.

quinta-feira, maio 05, 2005

Parabéns

Eh pá, não se atrasem. O Pacheco Pereira já começou a festa de aniversário. É aqui na Marmeleira.

Brasileiros neocons.

O Brasil está cheio de bons bloguistas. Leio muitos quase todos os dias. Os sacanas são quase todos neocons, mas escrevem tão bem que até dá gosto. E nem vale a pena irritarmo-nos. Deve ser tudo para trabalhar a língua:
1: Toda criança começa monárquica, se lhe explicarem o que é monarquia. Afogue num tanque a criança que for republicana. Seu filho de cinco anos é republicaninho? Mata.
2: Sobretudo aqui no Bananão, terra de samba e pandeiro, onde lorpas e pascácios ensinam que Baiano Meloso é poeta e asseguram que blogue é algo relevante (amiguinho blogueiro, se você pensa assim, acredite: não é. Os melhores blogues são deliciosamente irrelevantes; os mais sérios podem, no máximo, apontar -e apontam- para o que é relevante.
3: Fêmea de Prefeito: A tradição pede uma crônica sobre o prefeito novo. Canta, ó Mussum, a careca do filho da puta.

Dúvida

E se mais logo, por volta das 10.30, na sala da assembleia municipal de Loulé, José Carlos Fernandes fizesse o mesmo que Luís Miguel Cintra sempre faz?

Mais livros

Depois de editar as mil e uma pequenas histórias do Luís Ene, o nosso Paulo Querido já prepara a saída do livro da Ana Roque e logo de seguida o livro do JPC, talvez o autor dos textos mais criativos da blogosfera. JPC que é admirador, como eu, de Mutts.

Um louvor pátrio

Paulo Portas recebeu uma condecoração do secretário de estado da defesa americano, Donald Rumsfeld. O ex-ministro partilhou com a pátria e todos os portugueses esse louvor, por ter prestado serviços de vulto aos EUA. Portanto, você leitor, está também condecorado!

A ler

Colocada no arquivo d' "O Lobo das Estepes" a coluna sobre livros da guerra colonial.

quarta-feira, maio 04, 2005

A "chain letter" recomeça

Em passagem, atrasada, pela “Presa do Padre Pedro”, lá vi o desafio do JCB, uma chain letter, em cadeia, a que não me posso furtar.

Não podendo sair do Fahrenheit 451, que livro quererias ser?
«O Lobo das Estepes» de Hermann Hesse.
Já alguma vez ficaste apanhadinho por uma personagem de ficção?
Em puto julguei ser o Zoltan, um pirata cigano dos Balcãs. Depois de crescido nunca vesti a pele de nenhuma, mas quis ser muitas.
Qual foi o último livro que compraste?
Acho que foi mesmo «mil e uma pequenas histórias» do meu amigo Luís Ene. Fui levantá-lo aos correios de Loulé. Mais tarde o Paulo Querido diz-me que afinal o dinheiro que eu paguei, por lapso, me foi endereçado. Por enquanto está pago.
Qual o último livro que leste?
O último deve ter sido o volume II das «Célticas, de Corto Maltese», de Hugo Pratt. Ou melhor, os últimos, porque reli por estes dias, sete ou oito volumes de banda desenhada deste autor.
Que livros estás a ler?
Leio sempre vários ao mesmo tempo. À cabeceira estão «O Castelo» de Kafka, que estou a ler desde o verão passado; o «mil e uma...» já citado; «A Instrumentalina e Outros Contos» da Lídia Jorge; «100 poemas de Sophia», numa selecção de José Carlos de Vasconcelos; e «Corto Maltese na Sibéria» para continuar os livros do Pratt.
Que livros (5) levarias para uma ilha deserta?
Para uma ilha deserta só livros habitados de gente: «A Odisseia» de Homero, que li ainda em puto; «A Fábula de Veneza» de Pratt, para ver a vida a preto e branco; «Demian» de Hermann Hess que me ensinou o valor da individualidade; «O Processo» de Kafka, que me marcou a vida toda; e «O Principezinho» de Saint Exupéry. Deixem-me levar um sexto, de um poeta português, o livro de poemas «O Peso da Sombra» de Eugénio de Andrade.
A quem vais passar este testemunho (três pessoas) e porquê?
A bloguistas jovens: ao Luís Guerreiro, para dar volta aos seus muitos papéis; ao Almeida, para pôr uma pitada literária no seu blogue político; e a um bloguista do meu tempo: ao JJS, aka Gregório Salvaterra, para contar gaivotas.

«Folha de Alte»

Já aqui tinha feito referência a um novo blogue, de Alte, o “Por Portas e Travessas”, um espaço de discussão sobre os problemas do desenvolvimento do interior, da autoria do José Canelas. Hoje queria destacar o site do mesmo autor, que herda o nome destacado do velho jornal altense dos anos 20-30 do século passado, «Folha de Alte». Trata-se de um verdadeiro serviço público sobre as questões locais, com acesso e participação dos leitores. Um excelente exemplo!

terça-feira, maio 03, 2005

Uma notícia que me agrada,

é a declaração da ministra da cultura ao referir-se ao esgotamento do formato actual do projecto “Capital da Cultura”, um modelo que há muito ando a criticar como elitista e desintegrador das culturas locais.

Uma notícia que me desagrada,

é a declaração do presidente Sampaio, que afirma não haver condições para o referendo sobre a interrupção voluntária da gravidez.

Dois anos de "Contrasenso"

«Muitos terão fantasmas perenes. Pois é. É para isso que os colunistas servem: afastar os fantasmas. Enquanto eles perdurarem, nunca cumpriremos a palavra. A mais bela de todas: a liberdade». A minha coluna em «A Voz de Loulé» completou ontem, dia 1 de Maio, dois anos sem interrupção. Pode lê-la, clicando na palavra sublinhada.

segunda-feira, maio 02, 2005

A Vieira no 1º de Maio

Pouco importa a data da morte.Talvez tão pouco importe a data em que se nasce. Parece ser o que se vive o que mais conta. Hoje, dia 1º de Maio, gostaria de lembrar, aqui, o meu grande amigo José Cavaco Vieira. E que melhor recordação do que lembrar o texto que escrevi quando, de repente, soube da sua morte.

domingo, maio 01, 2005

Um conto do Maio em Silves

«Era tarde na véspera do 1º de Maio. Passaria já mesmo da meia-noite. Ali, no Largo dos Bombeiros, sob as arcadas dos Paços do Concelho, um grupo de rapazes conversava. Trocavam sonhos e falavam de um tempo em que era possível desejar um mundo melhor sem ter que se refugiar de ouvidos indiscretos ou ler livremente o livro que agora passavam, escondido, de mão em mão, sem pôr em risco a sua segurança e a dos outros.». Um conto, na tradição do nonsense, sobre o Maio em Silves, escrito na sequência de outros dois pelo António. A ler.

O papel do 1º de Maio

Em interessante poema AA fala do papel do 1º de Maio, no passado e nos dias de hoje. Percebo o conceito e a mensagem do poema, que não está nada mal. Mas gostaria de fazer uma correcção. Como se sabe, mesmo antes do 25 de Abril sempre "atacámos" o Maio. O povo, como sequência de uma prática ritual, mal vista pela igreja e pelo poder. Os antifascistas, como forma de comemorar o massacre de Chicago, de 1886. Às vezes - como aliás interessa - juntavam-se os dois motivos. Como acontecia em Alte, por exemplo.

O combate da vida

Polémica em Alte

Em Alte, a polémica estala por causa dos paradoxos entre o «Guia do Construtor» lançado, ontem, pela Câmara de Loulé, e os formatos de arquitectura das obras da biblioteca, do centro infantil e do anfiteatro na Fonte Grande. Acompanhe aqui.