sexta-feira, fevereiro 25, 2005

Colocado n’ O Lobo das Estepes

o texto “A política, o futebol e a violência”.

O nojo

«O CDS/PP está, desde domingo, em período de nojo, de luto...». Pires de Lima, vice-presidente do dito. A derrota eleitoral consagrada a símbolo de estado. A sobranceria não tem fim?

quinta-feira, fevereiro 24, 2005

Ainda o Algarve

Se lerem com atenção a notícia do CM e respectivos comentários, ou o texto da NG, percebem uma coisa muito simples: a responsabilidade do actual estado do Algarve é de gente como Elidérico Viegas, denotando a ignorância de quem gere o empresariado do turismo no Algarve e de Hélder Martins que compara - desculpem - o olho do cú com a feira de Castro e que antes de ser presidente da RTA era vice-presidente da Câmara de Loulé. Está tudo dito não?

quarta-feira, fevereiro 23, 2005

terça-feira, fevereiro 22, 2005

Preocupações:

«Neste momento, falta demonstrar se a imagem da unidade e eficácia do Bloco se manterá com oito deputados». Fernando Madaíl. «Os resultados oferecem o paradoxo de um aumento do voto de protesto (na CDU e no BE), numa altura em que ele vai ser mais ineficaz». Luciano Amaral. «O crescimento do Bloco superou as expectativas mais optimistas (ou pessimistas) e mostra que o “radical chic” evoluiu para outra configuração política, não sabemos se “de protesto” se, como parece inevitável, mais “institucional”. Pedro Mexia. Tudo no «DN» de ontem.

Tempos de confissão

A confissão de quem gera vida, mas não gera votos.

Quioto, com K ou sem ela

Recebido num comentário aqui:
«Caro Amigo, Hoje deu entrada o Protocolo de Quioto. Contudo os EUA é ainda um dos únicos de mais de 170 países que tentarão não cumpri-lo. Além disso o presidente Bush pretende internamente promulgar o Programa "Clear Skies" que irá enfraquecer a protecção contra o smog e outros produtos gasosos perigosos, elimina protecções para nossos parques nacionais, permite emissões aumentadas do mercúrio tóxico e portanto ignora completamente a ameaça do aquecimento global. Nesse sentido recebi e assinei uma petição da League of Conservative Voters e que está aqui. Assine e divulgue-a.Obrigado. Joao Soares».
Nobody cares?

E agora?

Acham que vale a pena dizer alguma coisa sobre as eleições? Não? O melhor é escrever sobre outras coisas?

segunda-feira, fevereiro 21, 2005

domingo, fevereiro 20, 2005

Contos para o dia 20 de Fevereiro:

A Lucilene tem sido muito simpática comigo. Primeiro escreveu-me a perguntar se eu era aquele mesmo, o autor do conto “Trinta Anos Depois” publicado na Bestiário. Que tinha gostado, prosa gostosa de se ler, etc. Gostei do elogio e perguntei-lhe como tinha descoberto o meu Email. Diz-me ela que também escreve umas coisas e que tinha sido por isso. Agora há uns dias enviou-me outro mail com o link do seu conto, também publicado na mesma revista, no mês de Fevereiro. E eu, que tinha andado distraído, fui ver e lá estava o conto dela. Bem escrito por sinal, como era de esperar. O meu tinha desaparecido na voragem do mês passado.
Nota: já agora leia também o conto do nosso conterrâneo Jorge Candeias, “O Armário”, publicado na mesma revista.

Os Bloggers do «Expresso»

Não podendo falar de eleições, falamos de instituições. E que melhor instituição do que o jornal «Expresso», agora com uma equipa recheada de aquisições blogueiras. A partir de um post no Afixe, desencadeou-se um verdadeiro debate de teclados. O assunto era sério: blogues e jornalismo, ou ao contrário. Os comentários são muitos, dará para ler alguns. Ontem lá postei um e de madrugada li mais uns 50 e tal. Hoje, com mais calma, lendo todos os comentários e depois do que afirmei [ver 8º comentário] parece-me que nada do que disse J.Garcês - e que eu ratifiquei - foi verdadeiramente posto em causa. Grande parte dos comentários abordaram questões puramente circunstanciais e não beliscaram o conteúdo do post. Valeu a pena ter ido lá, de novo, para verificar como uma mulher [a susana] aborda o problema, sem qualquer tipo de espírito de seita. Entretanto podemos ler o que CHQ/Bomba Inteligente escreve hoje no «Expresso» sobre Lupícinio Rodrigues, o Big Brother, jantar de namorados e engates de rua. Que se perceba de vez: podemos escrever sobre qualquer coisa nos blogues; não se devia permitir que qualquer pessoa escrevesse nos jornais, aquilo que deveria ficar fechado no seu blogue.

sábado, fevereiro 19, 2005

Um ano de palavras

Há um ano, na madrugada de 19 de Fevereiro, nasceu o contrasenso. Quantas palavras se derramaram desde esse dia? Hoje, um ano depois, não tenho mais palavras, para além destas.

António Aleixo

Um homem sonha acordado,
Sonhando, a vida percorre,
E deste sonho dourado
Só acorda quando morre.

António Aleixo, poeta popular consagrado, nasceu a 18 de Fevereiro de 1899.

sexta-feira, fevereiro 18, 2005

Abominável homem das neves

Quantas vezes é que este homem se masturbou?

A vingança é um prato que se serve frio

«(...) tenha vergonha!Demita-se!Não se atreva mais a dizer que é do PSD!Traidores como você já temos que baste!Traidores armados em pensadores e intelectuais!Veja se consegue fazer algo mais importante do que comer à custa do partido e de quem trabalha!Porque você é um parasita!». Mail de um leitor publicado, no blogue, por José Pacheco Pereira (JPP).
Sai depressa, ó cão, deste poema!”. Verso do poema de Alexandre O’Neill, publicado logo de seguida por JPP.

Vou ali

comprar o «Expresso», pão, a «Sábado», peixe e «O Independente» e já volto!

Quem tem medo da denúncia das isenções fiscais à banca?

aqui alguma confusão: a FV só interessa o sentido das comparações entre Santana e Sócrates e não diz uma palavra sobre a injustiça denunciada por Louçã. Concorda, pelos vistos! A alguns comentadores interessa confundir Sócrates com Louçã. O argumento é o de que Sócrates já teria aberto o precedente das isenções. O que tem Louçã a ver com isso? A crítica do BE não é exclusivamente ao PSD, mas sim também à política centrista do PS. Mas o cerne da questão continua na mesma: vamos ver como Bagão responde ao desafio de Louçã para discutir estas "mentiras".

quinta-feira, fevereiro 17, 2005

A ler:

Colocado n’ O Lobo das Estepes, o texto “A Liberdade no Masculino”.

A explicação de Lúcia

A blogosfera tem produzido excelentes textos sobre Lúcia dos Santos. Chamo a atenção para os posts de Rui Bebiano, Bruno Sena Martins e Nicolau Saião. E não deixe de ler os interessantes e codificados comentários neste último. Num outro registo, ler Paulo Querido.

quarta-feira, fevereiro 16, 2005

A luta continua...

«Estão agora a dar as repetições do debate e as fífias de Santana foram tantas que dariam um post inteiro. Foi cada escavadela uma minhoca. Esteve pior até do que o azarado Jerónimo – que foi sabotado por uma irmã Lúcia que sempre detestou comunistas e já começou a trabalhar». Rui Tavares no seu melhor.

Blogues, jornalismo e Internet

«Há meia dúzia de anos, quando a Internet já tinha invadido o mundo e ainda nos fascinava com as suas capacidades, um dos debates que irrompeu no jornalismo foi o do risco do seu desaparecimento, perante esta tecnologia que permitia que todos se transformassem em "jornalistas". A promessa da publicação ao alcance de todos estava presente desde os primeiros passos da Web, mas viria apenas a concretizar-se com os blogues». José Vitor Malheiros no «Público» de hoje.

terça-feira, fevereiro 15, 2005

Papoilas de ópio para o povo

Uma criança analfabeta e temente aos padres da terra. Umas quantas aldeias isoladas entre ovelhas, penhascos e azinheiras estioladas. Um país miserável, rasteiro e bafiento. Uma palhaçada numa cova montada por um padre de nome Faustino. A visão, essa sim, de um tempo de fés enfeitiçadas pelo sofrimento, pela morte, pela iliteracia pura, pelo arrojar nos tapetes do poder da igreja e dos governos bafientos e salazarentos que haveriam de vir. Depois, foi o que se viu: o negócio da fé, o triângulo de Fátima-Cova da Iria-Leiria, o santuário, as desgraças arrostadas de joelhos, o papão do comunismo. E o segredo. Um segredo oco, vazio, como a cabeça de Lúcia de Jesus, inventado a rigor nos esconsos do cativeiro: o fim da guerra, a conversão da Rússia, o atentado ao papa. Balelas para o povo. Papoilas de ópio mandadas ao vento, a salpicar as almas e as cabeças do povo. Mas a democracia continua a festa: a beatificação dos pastorinhos, de um que só via e não ouvia, de outra que via e ouvia mas não falava. Tudo para Lúcia, a mais velha e afoita, a que poderia escrever os segredos segredados ao ouvido no recolhimento da cela. E agora morreu, logo no dia 13; logo na presença do bispo; seria este um quarto segredo? Talvez possamos vir a saber. E agora o luto, o luto oportunista do PSD e do PP, teatralizados ao pormenor, a gravata preta, o ar mal disfarçado de tristeza, uma caça aos votos, sombria, necrófaga. Até o PS, talvez laico, talvez republicano, se põe de joelhos e junta as mãos à fé. O governo decreta luto nacional! Mas quem acredita já neste governo? O presidente ratifica o luto! Quem morreu? Que merda de país!

segunda-feira, fevereiro 14, 2005

Uma pivôt inteligente

Na RTPn, a pivôt de serviço referia-se à morte de Lúcia de Jesus, como sendo uma de entre os pastorinhos que afirmou ter visto a virgem Maria. Inteligente, imparcial e deontológica. Sem servilismos e submissões religiosas ou de qualquer outro tipo.

sábado, fevereiro 12, 2005

O Lobo das Estepes

A partir de hoje, os leitores podem ter acesso aos meus textos publicados na coluna “Contrasenso”, no jornal «A Voz de Loulé», desde 1 de Maio de 2003. A propósito da época comecei por disponibilizar o texto “O Entrudo e o Carnaval”, publicado em 1 de Março de 2004. Outros se seguirão, no blog “O Lobo das Estepes”, em homenagem ao célebre livro de Hermann Hesse. Dessa forma se constituirá um arquivo da coluna que, mais tarde, dará origem a uma edição em papel com textos seleccionados.

Semáforos femininos

Ora aqui está uma boa notícia. Ainda por cima com argumentos científicos. A propósito recordo aqui um post que editei com um texto saborossíssimo de Millôr Fernandes na revista «Veja».

sexta-feira, fevereiro 11, 2005

O filho pródigo

Andam todos a ver se se livram de Santana. Um filho pródigo, que mal regressa a casa é logo expulso.

Os bons negócios na Ria Formosa

«Um bom exemplo de negócio de lucro garantido, envolvendo o favor do Estado, é a construção em zonas de paisagem protegida. A simplicidade do negócio é quase chocante: estando a construção vedada por lei, os primeiros que conseguirem ou afastar a lei, ou obter um direito de excepção (chama-se "projecto estruturante" a batota legal inventada para tal), obviamente vão poder vender a um preço muito superior aos que constroem e vendem em zonas já saturadas - exemplo eloquente é o de uma urbanização há meses publicitada nos jornais e apresentada como "o último paraíso protegido na Ria Formosa"». Miguel Sousa Tavares, hoje, no «Público».

É um colapso pós-carnaval?

Ainda o meu post das 4:50 PM não tinha arrefecido e dou logo com isto?

Dia sim, dia não...

«Queria deixar esta recordação ao senhor primeiro ministro [oh homem mostre lá o quadro], de quando inaugurámos o Conservatório Maria Campina, em Faro...». O responsável do dito conservatório ao dirigir-se a Santana Lopes, ontem de manhã. Hoje, como se sabe, Santana Lopes faz campanha como líder do PSD.

Memórias da blogosfera?

Mais duas baixas de peso na blogosfera. Será que vão escrever para os jornais?

quinta-feira, fevereiro 10, 2005

Uma espécie de estados gerais em Loulé?

Nos fins de Janeiro, um jantar apresentou o nóvel Clube Política e Cidadania (CPC) em Loulé. Diz a associação querer lutar contra o pessimismo e o descrédito dos cidadãos em relação aos políticos. Até aqui tudo bem. Mas se essa desconfiança é pautada pelo "discurso duplo [que usam esses políticos] consoante se encontrem no poder ou na oposição, ou prometem o que sabem não poder vir a cumprir", porque é que convidaram um político para presidir ao jantar? E exactamente um presumível candidato [do PS] à Câmara de Loulé? Meus amigos: é que assim as pessoas não só deixam de acreditar cada vez mais nos políticos, como desconfiam cada vez mais dos clubes de cidadãos que os querem colocar no poder. E têm razões para isso. Porque não percebem quais os conúbios que unem políticos candidatos a cargos públicos e cidadãos que os lançam em campanha antecipada. É claro que essa é uma função dos aparelhos dos partidos. Às associações cívicas dos cidadãos e à sociedade civil em geral, pede-se outro papel: o de exigirem medidas e programas concretos àqueles que se apresentam aos cargos, negociando a sua verdadeira representatividade. E não o de servirem apenas de trampolim para um poder cada vez mais distante dos cidadãos que não podem concorrer em pé de igualdade.

domingo, fevereiro 06, 2005

Uma campanha suja

Uma das melhores análises da actual campanha eleitoral está aqui. Não resisto a dar-vos um lamiré do que lá se encontra:
«Mas, depois de tudo isto, Pedro Santana Lopes e os assessores que o aconselham a enveredar pela “campanha suja” decalcada da campanha eleitoral americana esquecem-se de um pequeno pormenor: Portugal não é os Estados Unidos e a realidade – e as tradições – políticas e sociais dos dois países tornam a transposição pura e simples de estratégias simplesmente risível» [Nuno Guerreiro no Rua da Judiaria].

Justino, à justa...

David Justino nunca convenceu ninguém com as desculpas que deu sobre as trapalhadas no processo de colocação de professores. Agora, no blog que criou há uns meses, anda a tentar convencer o primeiro ministro do seu partido de que assumiu todas as responsabilidades políticas. Em tempos de crise política, comem-se todos uns aos outros. E o mais engraçado é que Pacheco Pereira e Francisco José Viegas, põem estes mexericos no topo dos seus interesses. E Paulo Gorjão, também se serve deles. Duas faces da mesma moeda...

sábado, fevereiro 05, 2005

A «Sábado» e o Bloco de Esquerda

O Editorial da revista «Sábado», da passada semana, mostrava a opinião da direcção da revista sobre o Bloco de Esquerda: do alto da sua cátedra tentavam ensinar aos leitores os perigos de radicalismo que poderiam advir de uma votação no BE. Não sei quem lhes encomendou a campanha. O que sei é que esta lhes saiu pela culatra. Vários leitores escreveram a contrariar o texto e a desmontar a falsa prelecção. Algumas das cartas foram publicadas:
«Agradeço o editorial (...). Decididamente, vou votar Bloco de Esquerda, lamento contrariar as expectativas da direcção da Sábado»;
«...Não gostei nada de ler o editorial da edição nº 39 (...) Não tenham medo que o BE, em princípio, nunca será governo, mas é uma força que apesar de pequena é necessária na Assembleia...»
RAA, director da revista «Periférica» escreveu um excelente post sobre o assunto:
«A Sábado, em editorial assinado pela direcção, resolveu excomungar o Bloco de Esquerda. Está no seu direito. Aliás, a revista, na verdade, apenas fez meio caminho para aquilo que vem sendo reivindicado por muitos comentadores políticos (de direita) (...) Onde tem andado a Sábado que não tem visto mister Portas em acção? (...) A Sábado integrou Paulo Portas nos seus quadros de direcção e não disse nada ao país
Como se vê, há gente que não vai em carneiradas, mesmo quando os pastores têm os bordões na administração das revistas.

Agradecimentos

A propósito da publicação do meu conto “Trinta Anos Depois” na revista de contos brasileira «Bestiário», recebi um mail de uma leitora do Brasil: «Você é o mesmo autor do conto "Trinta anos depois" da Revista Bestiário? Só para dizer que é muito boa a sua prosa, gostosa de se ler. Parabéns. Abraços»
Como é que ela descobriu o meu Email? Respondi a confirmar e a agradecer.
A propósito do mesmo assunto queria agradecer a simpática deferência do grande amigo (ainda só virtual) António Baeta Oliveira.

Um blog nocturno

«Na palma da mão. Copio da proclamação escrita por Breton no ano de 35. Assim: "Transformar o mundo, disse Marx; mudar a vida, disse Rimbaud - para nós, estas duas palavras de ordem constituem uma só". Escrevo-a a tinta invisível na palma da mão.».
Rui Bebiano no seu blog a solo.

quarta-feira, fevereiro 02, 2005

Afinal têm medo de quê?

«Mas quando ocorrer o primeiro desaire eleitoral, então o fracasso do melting pot fará sentir o seu peso e a agenda do BE terá de reflectir a sua diversidade. Suspeito que a elite da UDP e do PSR não quererá abdicar do poder e de controlar a agenda. Veremos, nessa altura, se o BE encontrará uma solução que evite a desintegração. Suspeito que não.». Paulo Gorjão ressuscitado.
«O Bloco de Esquerda irrita-me a pituitária. Quando escuto Francisco Louçã a falar ao povo em tom de evangelista imagino-o gago e afónico; quando descubro Miguel Portas a distribuir panfletos entre os jovens apetece-me roubar-lhe o blazer e os mocassins; quando leio Fernando Rosas a perorar contra o mundo desejo introduzir substâncias ilegais no seu cachimbo.». João Miguel Tavares a partir espelhos.
«Chegou a hora de levar o Bloco de Esquerda a sério. Até agora, este partido tem sido uma agremiação de castiços (...)». No último número da revista «Sábado» que dedica ao BE um editorial inteiro.